Monday, May 28, 2007

Abismo



Estava pensando na forma que sem querer abrimos verdadeiros abismos nos relacionamentos que construímos. Às vezes com palavras, gestos ou atitudes, outras vezes também com a ausência deles. E assim, vamos cada vez mais nos distanciando, o buraco torna-se maior (tanto o físico, quanto o emocional), e por mais que alguma das pessoas tente reaproximar-se, ela percebe o quão longe a outra pessoa está e, distanciando-se mais e mais. Pedidos de socorro ou até mesmo um chamado de ‘volta!’ Não obtém resultado algum e mesmo que você ao ver o abismo pense: Mas, e se eu fizer uma ponte?! As pontes de fato, podem unir caminhos, separar distâncias, mas necessitam de tempo para a sua construção. E o tempo, bem, o tempo é amigo só não é constante e nem muito menos pára. A vida continua, enquanto a ponte está lá sendo construída. Novas pessoas surgem, novos lugares e oportunidades, e você termina esquecendo que um dia se preocupou com um abismo e que até tentou construir uma ponte, esquece que você também queria buscar algo do outro lado dela. E não adianta, as pontes não são totalmente seguras. Nada se compara a segurança de um solo firme.

O mais engraçado é que a outra pessoa um dia vai se lembrar que deixou alguém para trás e não, ela nem sequer sabia que tinha um abismo entre elas. Surpreende-se ao vê-lo e percebe que não tem mais como voltar para o outro lado, pois lá existe uma ponte, mas encontra-se inacabada...


Thursday, May 10, 2007

Recordações




"...Every time I see you falling
I get down on my knees and pray..."

(Bizarre Love Triangle - New Order)





Procurando por frases e citações dentro dos “meu documentos”, deparo-me com arquivos já esquecidos. Arquivos que um dia eu escrevi para você, Sr. Anônimo. Tenho que lhe ser sincera, fiquei muito triste ao lê-los. Uma tristeza diferente. Que fique bem claro.
Eu não tinha noção do quanto eu já havia escrito coisas tão bonitas e tão profundas pra você, e eu nem lembrava, mas também tinha seus “scraps” salvos. É estranho ver que aquilo tudo que sentíamos não existe mais. Morreu! E quantas e quantas vezes eu escrevi que queria que fosse eterno, mas simplesmente não foi. Lendo- os eu só pude perceber que em todos eles eu sempre te fazia o mesmo pedido: ‘Socorro! Salve o nosso relacionamento’. Acredito que você tenha feito ouvidos surdos, pois o mesmo calou-se para sempre dentro dos nossos corações. E a cada suspiro que eu tenho dado, só sinto uma certeza: alívio por não estarmos mais juntos.
Magoas?! Nenhuma! Tudo aconteceu como era para ser, acredito nas coisas de Deus.
Continuo a desejar-te toda a felicidade do mundo, antes queria que ela fosse nossa: que dividíssemos nossas alegrias e que elas pudessem ser somadas. Hoje, só quero que você seja feliz, que realize todos os seu sonhos, assim, como pretendo realizar os meus.
Mais do que nunca. vejo que nunca poderíamos caminhar juntos em busca disso: sonhos diferentes e caminhos opostos.

Que Deus ilumine você...agora, vá em paz. Siga a sua vida e seu caminho, pois já estou seguindo o meu.
Amém!

Tuesday, May 08, 2007

Quem inventou o amor?!


Me explica, por favor!!

(Antes das Seis - Legião Urbana)


Thursday, May 03, 2007

Anonimato



Hoje eu me deparei com uma vontade incontrolável de escrever, o que de fato é estranho. Não à vontade em si. Mas sobre o quê eu desejo falar: Sentimentos.
É sempre difícil falar sobre eles, expressá-los em palavras. Só estando muito apaixonada para declará-lo aos quatro ventos. Não gosto e pronto. Sou uma verdadeira conchinha, preciso estar muito triste ou muito feliz para me abrir sem medo. Odeio admitir que me apaixonei, sempre odiei... só em último caso que eu admitia e até hoje tento não admitir para as minhas amigas que “o dito cujo” me fazia tremer, suar frio ou ter vontade de sair correndo. Odeio parecer boba, odeio não controlar as minhas vontades, odeio o fato de estar gostando de você e odeio mais ainda por você ter aparecido na minha vida, logo agora que eu estava tão bem. Só e feliz!
Queria dizer-lhe com toda a certeza que você não significou nada, que o acaso se enganou em ter nos colocado um na vida do outro, que nos parecermos tanto não quer dizer absolutamente nada. E que você morar longe nem me irrita, nem muito menos você não ter me dado à devida atenção que eu pensava merecer enquanto estivemos juntos, nada disso fez diferença. A verdade é que você me irrita profundamente, o seu cheiro me irrita, o seu beijo me irrita, o seu abraço, estar perto de você...tudo me irrita tanto que me dá medo. Irrita-me profundamente sentir tudo isso e não poder te dizer.

Isso que é o bom de ter um blog anônimo! ;)