Monday, December 22, 2008

Ai que saudade!

Hoje me peguei relendo blogs que há tempos não lia, e por fim, lembrei-me desse cantinho que permaneceu durante tanto tempo adormecido. Jamais esquecido. Apenas na espera de um momento de inspiração.
Às vezes esquecemos da gente, do que amamos, do que queremos, dos nossos sonhos... mas o esquecimento é temporário. Um dia acordamos e *plum* tudo voltou ao seu devido lugar. Os sonhos dão lugar as realizações, o que esquecemos de fazer e que amamos continua lá dentro dos nosso corações, esperando a hora certa de surgir. Ai que saudade me deu daqui. De fazer isso, escrever sem pretensão alguma, apenas porque amo e me sinto feliz em eternizar minhas tolas palavras, que talvez não queiram dizer nada a ninguém. Mas só eu sei o quanto elas me fazem bem e me fazem lembrar de quem eu sou e de tudo que mais quero, sonho, amo. A última vez que escrevi aqui foi no mês de março e tanta coisa aconteceu. Tantos sentimentos mudaram, quantas coisas em mim já não são mais como antes e outras permaneces imutáveis. Só basta dizer que estou muito feliz e cheia de saudades daqui.

Thursday, March 20, 2008

*A quoi ça sert l'amour?






Talvez, a paixão seja mais uma das minhas dicotomias. Adoro estar apaixonada, mas detesto me apaixonar. Vai ver é essa minha mania de querer voar com os pés no chão, conciliar amor com razão. Mas desde quando o amor tem alguma razão?




Pode ser também por gostar tanto de romances, eu queira viver um, digno de cinema. Daqueles que suspiramos a cada diálogo e encontro, mas que pensamos não existir na vida real. Sei lá, talvez eu seja sonhadora demais, romântica demais e ao mesmo tempo desconfiada demais e não acredite que nada disso exista realmente, só nos filmes e livros que me arrancaram tantas lágrimas e suspiros. Tenho verdadeira aversão em me sentir boba, apesar de várias vezes me fingir de tal, aprendi que assim evitamos atritos desnecessários, e os que se acham tão espertos ficam felizes de encontrar uma bobinha como eu. Mas triste daqueles que se julgam tão espertos, um dia eu costumo cansar de fazer papel de boba, e nessas horas eu posso ser tão cruel quanto a bruxa má.


Não subestime minha inteligência, não sou nenhuma Princesa de contos de fada, sou muito real e humana.











*Edith Piaf


P.s. Escrito em 2/3/2008

Monday, March 03, 2008

Gota de humor segregado pelas glândulas do olho*



Um dia, me ensinaram que chorar podia ser bom, libertador. E essa mesma pessoa também me ensinou sobre o amor, me fez pensar que não tinha nada de mal em chorar.
Mas, depois de um tempo a nossa vida passou a ser apenas lágrimas. E chorar deixou de ser algo banal, e tornou-se dolorido. Cada lágrima caída em meu colo, tornava-se uma mágoa a mais plantada em meu peito.
Desde então, passei a acreditar que não se devia chorar por ninguém, é, “ninguém merece as suas lágrimas”. E a fonte secou. Os olhos até enchem- se com naturalidade, mas elas hoje teimam em não cair. Não por amor. Antes era tão fácil chorar. Por mais que eu queira arrancar de vez a angústia, elas permanecem imóveis, não querem mais desaguar em pranto silencioso; puro e livre.
Libertar-se através delas não é mais tão simples. E mesmo não conseguindo chorar, eu continuo a pensar que as lágrimas são benéficas, que não tem nada melhor que sentir a alma sendo lavada. Inebriante choro. Ter os olhos embaçados com suas formas pesadas e límpidas, perceber que com elas tudo de ruim vai embora. Com os soluços, todas as verdades não-ditas e os gritos silenciosos se vão.
As lágrimas ainda não voltaram a cair, permanecem entaladas em minha garganta, fazendo nós com os soluços e todas as palavras que ficaram para trás. Melhor assim.


Quem sabe, um dia, elas voltem a cair naturalmente, de felicidade.
*Definição da palavra Lágrima no dicionário Aurélio

Tuesday, February 12, 2008

Nascida junto ao sol


...assim como a Rosa vaidosa do Pequeno Príncipe...




Reflexões, pensamentos incansáveis...
Foi assim durante toda madrugada,
Podia ser mais uma daquelas madrugadas frias, apenas imersa em seus conflitos.
Mas o calor a atormentava juntamente com o turbilhão de pensamentos.
Não mais confusos.
Dessa vez ela tinha voltado ao que era.
Esquecera-se completamente da confusão de sentimentos que havia passado há poucos dias.
Depois de longas noites insônes, submersa em contradições.
Ela renasce, assim como o sol que avista da Janela; claro e forte, diante da imensidão do céu.
*Texto do dia 12/02

Thursday, February 07, 2008

Ela




E hoje, ela passou o dia assim, sentindo uma dorzinha no peito.
Dando suspiros intermináveis.
Sentindo uma forte saudade (só Deus sabe do quê, ou de quem).

Ela que até pouco tempo sabia bem o que e quem queria, agora não sabe mais.
Vive num turbilhão de sentimentos contraditórios. Bem típicos do seu jeito de ser; indecisa como só ela. E em outras vezes, decidida como ninguém.

Ela que sempre sonhou e buscou o que queria. Agora só pensa em deixar a vida leva-la (e pensa: me leve para onde quiseres).

Ela, apenas ela, que sempre amou viver de paixões; Platônicas ou correspondidas, o que importava era o sentimento escondido em seu coração.

Já quis estabilidade emocional, mas sempre as viveu de forma instável.
Quando ama tem dúvidas se realmente está amando. E quando amada sente-se insegura.

Ela podia ser mais simples. Mas ela só consegue ser Ela.

Wednesday, January 30, 2008

Da Observação*














"Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio..."

(*Mário Quintana - Da Observação)


Eu já cheguei a acreditar que o caráter poderia ser algo mutável, mas depois de várias experiências (digam-se desastrosas) com pessoas de caráter duvidoso, e pior que eu cheguei até pensar que elas poderiam mudar com o passar do tempo. Enfim, cheguei a conclusão que caráter é algo imutável. Caráter é bem diferente de postura diante da sociedade. É algo seu, bem seu. Pode ser aquele monstrinho que você esconde, que só é mostrado nas piores horas. Durante uma briga, discussão, término de namoro, naquelas situações um pouco difíceis de lidar.

Na verdade, caráter é o tipo de coisa que se tem ou não. É algo inerente do ser humano.



Quando se tem caráter de verdade você agirá da melhor forma mesmo nas piores situações.



Sempre achei que a melhor vingança era bem simples: Ser feliz. E tem funcionado. Sorrir mesmo nas piores situações, tirar proveito de tudo de ruim que acontece.
Tem gente que pensa que se igualando consegue o que quer, mostre-se superior. Não tem coisa pior do que ver que o que fazem não surte o efeito desejado. Enquanto rebaixam-se e humilham-se para tentar conseguir me atingir , eu permaneço incólume e rindo da pequenez de tais pessoas.






Tentem mais, quem sabe um dia vocês consiguirão ;)






Oh, sim! Adoro o recreio ;P






Tuesday, January 15, 2008

Passado

Ao ler o arquivo do blog surgem pensamentos e definições...







Talvez seja por isso que alguns chamam "Arquivo Morto", aquele que guardamos empoeirado em gavetas e esquecemos em algum lugar. Passado é sempre assim, cheio de teias. Cheira a mofo e é melhor permanecer lá, intocado. Algumas vezes teimamos em mexer, e pronto, já é o bastante para causar uma tremenda crise alérgica(oh, claro, e as crises de riso também). Você lê algo que escreveu há um ano, ou talvez menos e pensa: "Meu Deus, como fui tão boba?!" ou "Caramba! Eu sentia isso tudo, e agora, onde foi parar?!" , entre milhares de pensamentos.




Pois é, assim como diz o título do post: Passado. Passou e permaneçou em seu lugar, no tempo que estava. No ontem.


O hoje é bem diferente e o amanhã será bem melhor.




Arquivo do coração? Cheio de nomes, históricos, fichas de inscrições e histórias pra lá de bizarras (tá, também tem algumas legais). Mas, melhor permanecer Arquivo Morto(e enterrado).




Gaveta nova e sem fichas. Esperando novos arquivos para 2008.




Das paixões




Elas, sempre elas.



Temperam nossas vidas. Dão-nos novos sabores. Uns adocicados, outros amargos.



Começam do nada e se vão, antes do pestanejar.






O que seria da vida sem sentí-las?






Sem os disparos dos batimentos cardíacos, as mãos trêmulas, as borboletas que voam incontrolávelmente em nossos estômagos. A vida não teria sentindo, perderia a cor.

Vida sem desejos nem sabores.

O que seria de nós sem os amores (eternos ou provisórios), o que vale é a intensidade de cada momento vivido ou sentido (sem sentido?).



A paixão é algo tão bom que vicia, você sempre pede mais; quer mais. Algumas vezes, esquece-se que ela inébria e mergulha de cabeça, não sabe se é fundo ou raso; se existe recipróca ou apenas um dos lados sente.



Alguns a sente de forma doentia, o que era um simples querer torna-se uma obsessão, um desejo incontrálavel de possuir o que não é de ninguém ("ninguém é de ninguém").



Mas para os vícios há a força de vontade e para as doenças, os remédios. Então, quando a paixão fica sem razão melhor fazer tratamento intensivo. Nada que nos faz sofrer ou nos deixa tristes merecer ser levado adiante.



Quero apenas as doces paixões, por favor, e de preferência lights ;)